Thursday, November 7, 2024

8 - Procedimentos atitudinais no cerimonial

 

8 - Procedimentos atitudinais no cerimonial

 

      Vamos colocar a definição de um cerimonial como sendo um ato de ligação espiritual, e o que o constitui possui caracteristicas atitudinais físicas e psicológicas, um ambiente físico e um espiritual, uma disposição dos elementos físicos específica à qual se aplica uma interpretação mitológica, pois esta é funcional, e sua funcionalidade já atesta o valor proveitoso de sua aplicação não sendo necessária, por causa disto, uma refutação  que se fundamente em métodos ordinários, pois se acaso assim fosse estes atrapalhariam em sua funcionalidade. A oração mais crua é a meditação contemplativa, que em verdade é a essência de tudo, como complementos temos as músicas ( personalizadas e amoldadas à cada gosto e personalidade, aqui não existe conceituação geral mas sim interpretação pessoal da música, o valor que se lhe aplicxar ela terá independente de suas características quanto ao ritmo, harmonia ou melodia. Devem incidir no espírito humano inflamando-o de Deus  ) Disposição de velas e pedras em altares ( Visando uma forma estética e geométricas, do mesmo modo que os sinais no ar, pode-se notar este aspecto também em meu livro anterior: “Valores da contemplação” ) Aplica-se às diferentes formas diferentes significações mitológicas, com comprovação empírica funcional absolutamente confirmada. Movimentações com objetos de poder ( geralmente pedras, por causa do magnetismo impregnado nestas ) cada tipo de movimento têm de ser treinado muitas vezes para que crie na consciência  a capacidade de movimentar as energias magnéticas, sabe-se como dito que todos estes aparatos são ferramentas auxiliares e não a essência do movimento do espírito.

      A – Sinais no ar: Para a consciência a imaginação é tão quanto ou mais verdadeira que a própria realidade física, é assim que a imaginação e as criações lúdicas podem nos motivar e emotivar e influir nas qualidades físicas, sentimentais e magnéticas do ser humano.

      Para a consciência, portanto, não existe quaisquer diferenças entre desenhar em um papel com tintas ou desenhar no ar imaginativamente com os dedos, os desenhos por si só já são uma abstração da realidade e podem emotivas e trazer idéias assim como a escrita.

      Assim: Quanto maior for a capacidade imaginativa e quanto mais convicção e fé se aplique nisto, mais influente e forte serão as repercussões magnéticas, sentimentais e físicas. Por isto, desenhar com o dedo no ar representa uma estratégia fundamentada no sentido de que a consciência a percebe como qualquer outro desenho ou sinal.

      Se o mago é já sensível o suficiente há um ponto em que não existe diferença em ouvir uma música ou imaginá-la, ver um quadro ou imaginá-lo, desenhar aqui ou acolá. O mais importante são as forças magnéticas que estão contidas nestes elementos. O mundo essencial ou real é absolutamente energético ou magnético, é por isto que inexiste diferença em vivenciar algo na mente ou na experiência da percepção física.

      Vou agora apresentar uma hipótese de filosofia da vida: As entidades espirituais se dividem em diversas categorias, no mundo espiritual não se pode obter um desenvolvimento adequado do intelecto e dos sentimentos pois o espírito fica muito restrito em si mesmo, em seus sonhos, desejos, aflições, medos ou mesmo tormentos. É assim que no mundo da carne consegue-se enxergar melhor o ambiente que circunda o espírito.

      As falanges espirituais superiores enxergam bem o ambiente espiritual que as circunda, com algum conhecimento espíritos desencarnados podem atuar no mundo da matéria produzindo ruídos ou fenômenos com características distintas. É necessário enfatizar que a diferença entre estes dois mundos é brutal, e a capacidade de atuar na matéria para espíritos desencarnados exige um grande potencial pessoal e um ambiente bastante propício para isto, este potencial pode ser traduzido pela quantidade de força de vontade que este espírito têm, o que esta vinculado ao quanto determinada situação ou pessoas lhe interessam, muito ao contrario do que se prega em muitos lugares estes eventos de contacto real são muito raros pois os espiritos desencarnados além de sua própria capacidade psicológica e nível de conhecimento de determinadas propriedades ambientais, e ainda desenvolvimento de seus próprios mecanismos de influência na realidade dependem de elementos do magnetismo ambiental, magnetismo este que é dependente da constituição ambiental com pedras e eletricidade ambiental e do poder de invocação de um mago, pois este quando invoca seus mitos pessoais traz na verdade um magnetismo propício à doar aos espíritos mortos maior possibilidade de influenciação em seu psiquismo e no ambiente físico em que ele está. É assim que o mago utiliza suas potencialidades de necromancia. Fico realmente abismado ao ver ditos médiuns que sem qualquer concentracão dizem ouvir vozes ou ver espiritos, quando na verdades estes eventos de grande importância exigem uma concentração muito grande que exige do participante um esforço que vêm de todas as direções: filosófica, abstinência alimentar e sexual, e orações e súplicas por horas, além do aspecto da solidão e reclusão imprescindíveis. É fácil transformar vivências espirituais em show, mas vivencia-las é algo que leva ‘as mais profundas reflexões sobre o sentido da vida e da morte, sobre a proporção do universos, dos seres extra-terrestres e dos mortos. Não simplesmente mensagens de amor e paz dizem tudo, mas sim a completa vivência transcendentral, ou seja: que transcende a vivência e a percepção ordinária da vida.

      Quais são os elementos que podem facilitar e criar um ambiente propício à atuação dos espíritos desencarnados na matéria, e dos encarnados no mundo espiritual? Respondendo à esta questão temos que o elemento mais importante é a vontade ou fé, os outros elementos são secundários pois pertencem ao mundo material, estes são: fogo, água e pedra. Um outro elemento é a música. Tudo isto está incluído no cerimonial.

      Utilizando estes elementos de maneira específica um mago consegue incitar seu contato com a quarta dimensão, e invocar espíritos auxiliares de maneira efetiva. Na utilização dos elementos temos de referir a importância de suas disposições, o modo como devem ser movimentados e a interpretação que o mago faz deles, pois cada um dos elementos possui determinados valores, um movimento é impregnado de valor assim como o fato de organizar os elementos entre si desta ou daquela maneira.

      Quanto mais expectativa a mente aplica à um dos elementos tão mais poderoso será este. Há religiosos que são contra o uso de elementos auxiliares, no entanto o mago sabe que a importância que o uso deles representa na cerimônia e na prece é  tão grande que seria impossível comparar com uma prece ingênua e simples, pois são ativadores do poder espiritual.

      O maior segredo esta na mente, e nas estratégias psíquicas adotadas pelo mago durante seu cerimonial. Criei, por exemplo, uma técnica de desenhos de sinais desconhecidos no ar, tudo se passa de maneira imaginativa utilizando-se a ponta do dedo. No mesmo tempo em que imagino vou riscando no ar diferentes sinais que vão sendo feitos com meu dedo no ar numa cor verde fosforescente, os dedos são sempre imbuídos de conotação sentimental, de imponência e reverberação. Ainda que sejam sinais criativos desconhecidos eles causam um ambiente psíquico de grande força magnética, esta é sentida também no corpo físico, pois esta percepção foi desenvolvida através de muito treino, por isto com bom senso podemos conduir que qualquer pessoa que ao acaso se preste a tais praticas não sinta o magnetismo impregnado nos sinais pelo psiquismo, os sinais também passam a ser uma ponte ao mundo espiritual já que, quando bem realizados e pelas pessoas que possuem poder, aumentam o magnetismo ambiente.

      A formatação estética do mundo é muito importante para a mente, e faz com que a consciência lhe entenda como sendo uma força muito poderosa ( Isto quando a mente se alia com o elemento primário da VONTADE ). Este processo ocorre por mais abstrata ou inintendivel que esta formação estática possa parecer. É assim que além dos desenhos no ar a formatação das pedras e das velas no altar têm muita importância. Esta formatação sempre está aliada à vontade e à interpretação do mago, quanto mais expectativa, força de vontade, crenças mitológicas e o mago ponha nesta formatação e nestes elementos maior estará o nível de poder magnético do lugar.

      Após a discussão da estática e da forma diante do psiquismo devemos prosseguir para os movimentos, o mago se utiliza dos elementos e de suas formações estéticas para criar novas formações e assim aumentar cada vez mais o magnetismo de seu próprio corpo.

      Podemos chamar de cerimonial o conjunto de toda a significação dos elementos da cerimônia e das atitudes do mago. É evidente que o significado de cada atitude e elemento é muito mais profundo do que aparenta ser.

      A vida de um mago é distinta da vida de um ser humano qualquer, seus hábitos diários são completamente diferentes do que a média da população. Suas considerações a respeito do mundo são de caráter mais nobre e verdadeiro, um mago anseia mais que qualquer outra coisa a busca pela verdade, que só pode ser obtida por um trabalhoso e difícil caminho através do campo do conhecimento humano. No entanto este conhecimento não é obtido somente através do método racional mas também através de revelações e percepções espirituais, uma percepção mais profunda e verdadeira se faz presente, onde o mundo revela suas verdadeiras essências. Aquele que não está suficientemente preparado, e se defronta com os hábitos de um mago não irá entender, e por isto não notará o sentido de suas atitudes.

      Um mago têm em si, não ao acaso, mas por muitos anos de treinamento, um forte poder de afrota moral e imprecação. Representados por frases curtas, palavras ou até sons específicos que revelam um conteúdo magnético e espiritual fortíssimo fazendo sentir até os mais descrentes.

       É absolutamente necessário entender que o poder de um mago está completamente nele próprio e não em qualquer outra coisa que seja, as outras coisas, como visto, são meios que o levam a ativar, manter e asmpliar seu poder. Assim como na música não é correto dizer que o instrumento musical não equivale à ela própria mas representa um meio para que ela se produza, os elementos diversos utilizados por um mago são meios para se utilizar o magnetismo.

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