Thursday, November 7, 2024

2 – O quê é isto? Ou quem sou eu?

 

2 – O quê é isto?  Ou quem sou eu?

      Existe um poder superior que guia o feiticeiro, este poder superior está além do mundo material, logo todos os elementos que constituem o mundo material nada mais são que subsídios para alcançar este poder.

      Existem estágios de aprendizagem espiritual nos quais o homem ordinário deve perpassar para chegar à níveis mais elevados. A aprendizagem não é fácil, mudar a percepção do mundo é algo árduo e difícil que causa à muitas pessoas despreparadas medo e incertezas, existem por outro lado revelações que proporcionam seguridade irrefutável de estados superiores de consciência.

      Um dos princípios da feitiçaria é que ela é uma prática natural, assim sendo: Tudo que porventura possa se produzir artificialmente é possível ser transferido à ambientes ou elementos da natureza.

      Uma das maiores dádivas de Deus foi doar ao homem a capacidade de aprender, e fazer do universo um ambiente de constante aprendizagem. A mágica, a feitiçaria, as criações e percepções fantásticas fazem parte de um dos elementos que devem ser aprendidos pelo homem no decorrer de sua vida. Uma criança não consegue fazer cálculos matemáticos complexos, pois não desenvolveu uma capacidade de raciocínio lógico ideal para isto, tampouco sente orgasmo sexual pois não desenvolveu totalmente sua função reprodutora. Com estas analogias temos o ser humano ordinário que não é todavia um feiticeiro, ou seja: Não desenvolveu todavia suas ferramentas de percepção espiritual e magnética do mundo.

      Uma pessoa, para correr uma maratona deve treinar no mínimo durante três meses, do contrário não conseguirá completar os 42 quilômetros, fará aproximadamente cinco, e o mais importante: Não terá a mesma percepção corporal que o maratonista, julgará aquela atividade como desagradável e até sem sentido: Para quê correr como um desnorteado? Para quê se esforçar à toa sabendo-se que não vai ganhar?

      Para quê correr? O fato é que não houve nesta pessoa um treinamento progressivo e gradual para que enfim ela sentisse que o domínio de suas capacidades corporais é efetivamente prazeroso. Em nossa analogia: Para quê meditar se todavia o sujeito não domina seus potenciais de controle e percepção magnética?

      É assim que ninguém entenderá a atividade, tampouco as estratégias adotadas, somente os feitiçeiros e os iniciados. Se alguém não entende a língua japonesa e põe nas suas mãos um livro escrito nesta língua não entenderá nada ou aplicará um sentido pessoal e intuitivo aos signos deste livro.

      É assim que o homem ordinário não entende a proporção real da meditação, tampouco o sentido de diferentes técnicas e utensílios do feitiço.

       Se acaso hoje alguém me perguntar o quê é o mundo ou a vida eu não poderia satisfazer esta pessoa com uma resposta concisa e veemente, muito pelo contrário, poderia deixa-la constrangida dizendo que não tenho a mínima noção, mas que desconfio de muitas coisas que são por min percebidas. Eu, uma pessoa de 25 anos estou longe de responder à estas duas questões. Na verdade somente aqueles que se contentam com a ilusão de suas vidas não buscam com todas as suas forças: mente e coração, a verdade última, crêem já saberem definitivamente o que é a vida, consequentemente já sabem com sublime perfeição o modo como deve ser vivida, já que uma o segundo depende do primeiro conceito.

      Uma pergunta necessária ‘a todos os seres humanos, de bom senso e racional, e principalmente ‘aqueles homens de grande vontade, que possuem fé em suas possibilidades, homens de visão que buscam incansavelmente suas reais capacidades, é a seguinte:

      Quais são as verdadeiras possibilidades e capacidades de contato e percepção do homem para com o mundo ou realidade?

      Responder à esta questão é um dos objetivos deste livro, a diferença é que nosso método não se fundamenta exclusivamente na ciência ( poder-se-ia dizer meramente na ciência ) senão também na explicação dogmática, mitológica e fantástica que em termos funcionais são muito mais eficazes que o método simplesmente científico.

      De quê maneira pode o homem incidir e influenciar no mundo ao seu redor? Quais são os meios ou ferramentas que ele dispõe para isto?

      Neste livro será sistematizado uma série de conhecimentos empíricos sobre magia, como auxílio desta organização teremos a própria razão, que se encarrega de comparar muitos fatos que por vezes se revelarão similares, por outras divergirão. Será criado ou revelado um outro mundo, que na verdade é o mesmo mundo, ocorre que na vida ordinária não nos apercebemos disto.

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